sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ralando ferro

Vi um precipício muito grande desabando dos seus olhos. Você se veste de penas e voa com as vestes. Vai embora, então, vai para longe. Se não é para me amar, também não quero viver sentada. 
Sua depressão corrói  o mundo e os seus dentes rangem atrás da sua boca maldita que se manifesta contra tudo que é paz. Você não se acalma e não me deixa dormir. Você não se cala quando fala de si. 
Você se perdeu na própria intensidade, deslizou pelo seu próprio abismo, engoliu seu próprio sorriso.  Vai embora, então, vai para longe. 

4 comentários:

Brunno Lopez disse...

Os engolidores do próprio sorriso não conseguem sobreviver à digestão do mesmo. Afinal, os sorrisos foram feitos para sobreviver pra fora.

Esse precipício é mesmo tão alto assim? Talvez.
Mas você colocou mais afirmações do que perguntas nesse texto e é isso que o faz tão forte.

Voltei!

Paola Ferreira disse...

Ferozmente prazeroso.

Letícia, já acompanhava o blog anterior e senti falta dele, achei o novo endereço e estou seguindo novamente, poste sempre, estarei a ler. =)

Beijinhos

Thais Cristina, disse...

Um tempinho que não passo por aqui, né? rs
Senti falta desse teu jeito simples e destemido de escrever ^^

Um beijo. Ficou lindo.

Thais Cristina, disse...
Este comentário foi removido pelo autor.