É tarde, é tarde, é tarde

Danilo abre os olhos em sua cama quente. Debaixo da coberta, percebe que não pode se atrasar, então se levanta apressado e se banha sem demora.
Pronto para o novo dia, corre em sua bicicleta até o trabalho, mal obedecendo os semáforos. Pisando o tapete da porta de seu escritório ao chegar, abre rapidamente a porta e senta-se em sua cadeira presidente. Passa boa parte do dia agilizando os relatórios da semana passada, ligando para os clientes — mas sem bater papo pois não há tempo —  e adiantando a papelada de amanhã.
Quando já anoitece, vai embora e prepara qualquer fast food para jantar em casa. Não se pode dar ao luxo de comer em um restaurante pois a comida lá demora que só, e Danilo não tem tempo para toda essa espera.
Após devorar sua comida no sofá (pois arrumar a mesa levaria preciosos minutos), agiliza sua higiene noturna em seu banheiro. Nada muito trabalhoso, porque já é tarde e ele não pode se atrasar para dormir: amanhã é um novo dia que não pode ser perdido. Então, dentro de seu pijama, ele desliza para dentro de sua coberta e dorme sem tempo para sonhar.

Oito horas depois, Danilo abre os olhos em sua cama quente. Debaixo da coberta, percebe que não pode se atrasar, então levanta atrasado e se banha sem demora.

Como um fênix, aqui eu. Tanto tempo sem escrever, a gente não sabe mais se sabe cronicar. Um abraço apertado de Amor à vocês aí do outro lado.