E quando meus dedos não conseguem gritar, minha cabeça digita poesia rica em pobreza; só fica a tristeza. Se eu não fosse depressiva, não seria feliz. De forma alguma. A lágrima é o chão do palhaço. Quando eu penso no que estou fazendo, me pergunto quem sou. Tem uma estranha morando em mim e a pior parte é que estou começando a acolhe-la; já me sento à mesa dando-lhe beijo no café da manhã e perguntando-lhe se viu o acidente na Pinheiros.
Meus dedos mudos seguram a xícara e minha cabeça entra em conflito. Não há nada de puramente bom em mim; minhas falhas são muitas e meus acertos são raros. Ninguém imagina o que eu faço, ninguém pode me tirar da aqui e me encaixar em meus pés novamente. Eu sei exatamente o que está acontecendo e faz tempo que não tomo uma atitude digna de mim.
E quando meus dedos começam e me olhar, minha cabeça os despacha para baixo novamente. Eu prefiro ser obrigada a ser correta do que ter a opção de escolher o errado. Porque o errado é sempre a minha primeira escolha, sou inconsequente, assim.
Meus dedos começam a tatear a verdade mas tudo o que acham é de mentira. Por tantar vezes procuraram e nada encontraram que decidiram apenas aceitar o falso como real. Caída no limbo, eu só me levanto para afundar ainda mais no próximo tropeço, a mentira é agora minha fundação.
Quando minha casa cair, eu vou saber o que me construiu.
3 comentários:
Que sentimentos perturbadores, flor. Espero que sua alma se acalme logo e reencontre o 'caminho de volta'. No mais, suas palavras sempre são bonitas. Um abraço, até (:
Seus marcadoores são esquisiitos =p.. aheuhaeuh...
Joy.
Que tal matar a depressão? Quem sabe não teria uma prova verdadeira sobre essa tal felicidade! Nossas falhas sempre superam nossos acertos e assim caminha a humanidade :D
Não deixa a casa cair, erga colunas firme e fortes, quem sabe evita uma tragedia?
Beijo meu, Leeh.
saudadees.
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